sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O ÓCIO CRIATIVO: NOVA POSTURA EMPRESARIAL

Nada de desespero em acordar de madrugada. Imagine que você possa acordar na hora que quiser e, ainda de pijama , já esteja trabalhando. Você toma um gole de café, lê alguns e-mail’s, coloca um CD, põe os pés para cima e as mãos atrás da cabeça e começa a organizar como será seu dia de trabalho.
O que parece apenas ser o sonho de um bocado de pessoas pelo mundo afora é, segundo a teoria do ócio criativo, do sociólogo italiano Domenico de Masi, o modelo de trabalhador moderno.
De Masi, numa entrevista feita livro, afirma que vivemos em uma sociedade , que ele chama de pós-industrial, onde o homem é apenas mais um elemento produtivo, não há distribuição igualitária do poder, do saber e do trabalho e uma verdadeira obsessão consumista faz do homem um autômato sem tempo para desenvolver-se como um todo.
Ele constatou que, hoje, trabalhamos de forma tão primitiva, como se fazia muito antes do surgimento da industria, e de que nossas horas de lazer são mais uma compensação pelas horas trabalhadas do que lazer de fato. De Masi propõe a teoria do ócio criativo para acabar com essa regra.
Aqui, “ócio” não significa preguiça, sedentarismo ou alienação. O melhor exemplo que possa ser dado para exemplificar essa idéia seja a do poeta deitado na rede , compondo mentalmente seus versos. O ócio criativo significa, então, um exercício do sincretismo entre atividade, lazer e estudo, propondo ao homem que ele se desenvolva em todas as suas dimensões.
Domenico não prega a diminuição das horas trabalhadas, antes até um aumento, mas que a responsabilidade não seja tão estafante quanto a atividade de quebrar pedras. O que ele afirma é que deve haver uma fusão entre produção e prazer. Se a necessidade é a mãe das invenções, o ócio é, então, o pai das idéias.
O grande entrave para a nova base econômica proposta por Domenico, pelo menos para os que defendem a sociedade consumista e acumulista de bens em que vivemos, é que ela não mais se fundaria na cumulação de bens materiais, na obsessão pelo trabalho ou pela produção. Isso significa interferir não só em grandes conglomerados e multinacionais, mas atingir diretamente a cultura de países e , mais especificamente, o modo de pensar de bilhões de indivíduos educados para se tornarem produtores-consumidores.
Longe de ser anacrônica, a teoria de Domenico já encontra adeptos em todo mundo. Inclusive nas grandes empresas há casos de empregados que desenvolvem suas atividades em casa ou mesmo possuem horários de trabalho totalmente flexíveis.
Mesmo àqueles para os quais a idéia do ócio criativo possa parecer intangível, um estudo sobre o assunto ainda será proveitoso por se tratar de uma verdadeira aula de história da sociedade industrial.

Quer saber mais sobre isso? adquira o livro: A Economia do ócio. Domenico de Masi, Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2001.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

VÁ VENDER BATATAS (OU ALGO QUE LHE DÊ LUCRO)!

Nos dias de hoje, quando se pensa em "trabalhos de horas vagas", o primeiro pensamento que surge está relacionado ou a um emprego destes temporários (e quando falo este termo, quero dizer de horas, às vezes de uma noite, como seguranças, garçons, etc...) ou à internet.
Claro que a rede mundial de computadores oferece grandes oportunidades, mas, como disse um dos meus primeiros visitantes e também amigos que me enviaram e-mails, nem todo mundo tem computador em casa (ainda).
Lógico que uma lan house pode quebrar o galho, mas aí já seria necessário um certo investimento pelas horas de uso do PC da referida loja, e não são todos os iniciantes em novos negócios que possuem grana para estes gastos.
Porém, há outras formas de se ganhar um dinheirinho extra, ou mesmo fixo (quando o negócio ficar firme), sem precisar recorrer à tecnologia, pelo menos no começo.
Quando eu era adolescente, e as coisas apertavam em épocas de entressafra ou pós colheita de algodão (sou de Presidente Prudente), eu fazia ou reformava cadeiras de área. Essas cadeiras eram feitas em armação de metal com cordas de plástico enroladas. Essas cordas, com o tempo, ou esticavam demais e ficavam frouxas, ou mesmo estouravam. Tudo que eu precisava fazer era passar de casa em casa vendo quem tinha alguma cadeira que precisasse de reforma ou tinha armação para vender (alguns me doavam o material). Quando vendia a cadeira pronta, tirados os gastos com as cordas, tinha um lucro de até 40%. Quando reformava, usando apenas as cordas que estavam frouxas mas não haviam estourado, esse lucro chegava a 100% (eu não tinha gasto nenhum, a não ser com o tempo).
Trabalhamos nisso, durante muito tempo, eu e alguns amigos, na casa de um deles, e chegamos até a visitar outras cidades para fazer tal serviço. Enquanto isso, também tentávamos o mundo do show bussiness, tocando forró em casamentos, em bailes de cidades vizinhas...
Quando não havia estas cadeiras, eu corria atrás de tocos de árvores, galhos que madeireiras deixavam de lado ou mesmo caídos no meio da mata, comprava pregos e, com um martelo, serrote e um facão, fazia cadeiras rústicas, desmontáveis, que também me davam um bom lucro.
Depois comecei a fazer pequenas pinturas de parede, de cercas, de cadeiras, bancos e mesas de bar... as idéias surgiam de acordo com a necessidade e a época do ano.
Também me oferecia para passear com os cãezinhos das famílias que tinham uma certa grana e nenhum tempo para os bichinhos. Estava sempre à disposição dos vizinhos e conhecidos para fazer pequenas compras (açougue, produtos de uso emergencial, como remédios, sabonetes, pasta de dente e outros...) a pé, de ônibus ou de bicicleta, com o troco da compra como pagamento ou mesmo um precinho fixo. Levava recados, bilhetes de amor, fazia cobranças, recebia... eram muitas as possibilidades.
Claro que eu morava numa cidade pequena (Tarabai) e conhecia muita gente na cidade grande (Prudente) e essa era a minha rede de informações e de propaganda. Graças a isso, inclusive, comecei a trabalhar com assinaturas de jornal, e a me apaixonar pela área... mas isso é uma outra história.
Ah... você não gosta ou não sabe fazer trabalhos manuais, como eu fazia com as cadeiras?
Bem... sempre há algo que você saiba fazer e pode utilizar. Minha liberdade, obtida graças à essa mania de sempre fazer algo por conta própria, me permitiu ler bastante, aprimorar a minha escrita e, depois, escrever poemas, cartas de amor, artigos... Hoje sou jornalista!
Você faz algo do gênero? Sabe, por exemplo, tocar violão, fazer algum esporte radical, como skate, por exemplo? Cozinha bem? Sabe elaborar boas bebidas? Então descubra como ensinar ou oferecer os produtos que faz às pessoas à sua volta. Se não há espaço onde está para isso, procure onde exista!
Clodoaldo, um dos finalistas de "O aprendiz 5", deu um show do que significa se virar num pais diferente, inóspito e sem qualquer tostão no bolso. Pegou, num carro de revendedores, "alfajors" para vender, em consignação (Um alfajor é uma espécie de bolo com doce de leite dentro). O homem, demonstrando muita confiança e também esperteza, oferecia aos turistas daquele lugar, especialmente outros brasileiros, o produto a 20, 30 pesos. Ao final de 48 horas, tinha ganho quase um salário mínimo brasileiro. Imagine se ele ficasse um mês por lá? Voltava rico!
Um japonês de Presidente Prudente, depois de perder o emprego e procurar outro por vários dias, teve uma luz ao entrar num supermercado: Com o resto do dinheiro que tinha, comprou comida para uma semana e UM SACO DE BATATAS. Dividiu este saco em saquinhos de um quilo e saiu vendendo pelas ruas, na época, a R$ 2 o quilo.. Até hoje não voltou a procurar emprego, e já tem casa, carro, etc...
Você já viu quantas pessoas vendem cafezinho com bolo e outras guloseimas nas proximidades do metrô em São Paulo ou em outras cidades com grande movimento de pessoas, inclusive nos fins de semana?
Como se vê, não se trata apenas de conhecimento, ou de tecnologia, ou algo que o valha. Trata-se de coragem ou, ainda, de sair de uma posição em que não se quer estar para uma que se queira (disso falarei num outro post).
O que você vai fazer? As dicas estão aí, mas você pode criar muitas outras.
Tudo o que precisa é apenas parar um pouco para lembrar suas tantas qualidades e conhecimento que tem e, o resto, é com sua criatividade.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

COMO CRIAR UM NEGÓCIO PARA AS HORAS EXTRAS?

Começar um negócio em tempo parcial é muito, muito, muito fácil. Pelo menos é o que dizem os especialistas no assunto. Isso porque não requer ou necessita apenas de um mínimo de tempo, dinheiro e mesmo de experiência.
Quanto ao tempo, se você abraçar uma nova idéia e tiver a vontade a coragem, ou seja, o espírito empreendedor para colocá-la em prática, você vai descobrir que tem tempo livre. Pelo menos umas 10 horas por semana. Para isso, basta simplesmente parar de assistir novela e outras besteiras da TV para investir este tempo no seu negócio.
Acorde meia hora mais cedo (em domingos são 2 horas), durma meia hora mais tarde, gaste menos tempo no supermercado, assista menos filmes… aproveite melhor o tempo que você dispõe.
Dinheiro
Na teoria não precisa, mas, claro, para facilitar o seu trabalho é sempre bom ter um pouquinho para investir. Afinal, não é ruim querer montar um site, imprimir uns cartões, etc.! Tudo que você investir no seu negócio que o faça vender mais ou gastar menos vai fazer com que seu negócio cresça mais rápido. Seja econômico e inteligente ao investir no seu negócio. Ainda mais enquanto ele ainda não for de tempo integral.
Experiência
Toda sua experiência e capacidade vai ser aproveitada para que o seu negócio funcione. Se você tem pouca experiência, vai demorar um pouco mais. Se tiver bastante experiência, vai saber de forma mais clara o que tem que ser feito, o que funciona e o que não funciona. Só lembre-se de um coisa importante: Só a tentativa de montar um negócio já lhe dará muita experiência.
Tendo juntado estes três ingredientes básicos, agora é começar a trabalhar.
Sugerimos aqui três ramos de negócios, que conseguimos captar em revistas, jornais e mesmo na net. São trabalhos que você pode fazer pela internet, em tempo parcial e sem sair de casa.

Venda de informação.
Você com certeza tem algo a ensinar, algo que você sabe e que outras pessoas querem aprender também. Então escreva um ebook, ou monte um curso em vídeo, ou mesmo em MP3. Crie um produto bacana, anuncie de maneira inteligente e automatize ao máximo as vendas. Pode ser até coisas simples, como aulas de futebol, de xadrez, de pôquer....

Anúncios.
Manja bastante de algum assunto? Então pense na possibilidade de criar um blog. Crie conteúdo de qualidade sobre o assunto: artigos, notícias, vídeos, estatísticas, entrevistas, guias, fórum de discussão. Vire referência. Deixe o conteúdo aberto ao público, gratuito, e venda espaços para anúncios no site.

Loja virtual
A experiência de ter uma loja virtual é interessante. Experimente escolher um produto que ainda não tenha um espaço especializado para comercialização e monte a melhor loja eletrônica para esse produto. Organizar o estoque, a logística de entrega, o site, tudo isso não requer mais do que algumas poucas horas de trabalho. Pelo menos inicialmente.
Ou então faça uma mistura dos três, e crie o melhor portal sobre o seu negócio. Disponibilize conteúdo gratuito, venda ebooks mais elaborados, vídeo-aulas e crie uma loja virtual com seus produtos.

A net está aí, cheia de ferramentas prontas para você usar, experimentar e começar o seu negócio em tempo parcial. São vários os provedores que oferecem espaços para seu site pessoal ou para que você crie, gratuitamente, o seu blog. Exemplos e mais exemplos de negócios de sucesso começando dessa maneira aparecem todos os dias.

Uma dica legal para criar o seu blog? Acesse http://www.blogspot.com/ (É exatamente onde criei esse blog que você está lendo), siga os passos e faça sua história.

“Internet + Empreendedor = Independência Financeira”

Antonio Carlos

AÇÃO: O CAMINHO DO SUCESSO

A partir desta data, você, leitor do JPF, terá neste espaço o seu canal de informações, motivação e dicas para suas idéias empreendedoras, sugestões de negócios, dicas de como ganhar dinheiro com aquilo que sabe fazer e muito mais.
Idéias simples, colhidas através de histórias de sucesso e que você pode espelhar para também chegar lá. Ou seja, a proposta é oferecer, aqui, “o caminho das pedras”.
Não se trata destas propostas de “dinheiro fácil”, “ganhe milhões sem fazer força”, ou algo enganador do gênero, mas artigos e histórias que envolvem, sim, o pensamento e a força do trabalho, unidos para seu sucesso.
Você quer saber sobre algo específico, como, por exemplo, que tipo de negócio deve montar, ou que mercado é o melhor para ser explorado em determinados lugares? Então nos envie a sua pergunta na área de comentários ou pelo e-mail mago_atpp@hotmail.com.
Estamos á sua disposição e colocaremos os temas de acordo com as mensagens recebidas.
Para começar, no entanto, vamos tratar de um tema relacionado ao princípio de qualquer trabalho ou negócio que leve ao sucesso: sair do pensamento para a prática!
Vi num blog sobre empreendedorismo essa frase: “Penso. Logo, desisto”. Foi uma brincadeira feita pelo autor, sobre frase de um pensador famoso (Descartes) para dizer que esse é o sentimento da maioria das pessoas no que diz respeito ao eterno combate de se ter idéias e de se por em prática.
Se você pensa que as pessoas que ficam ricas com seus negócios só se tornaram donas da grana porque tiveram uma idéia brilhante, destas que funcionam sozinhas, está muito enganado. Estas pessoas hoje são importantes, se sentam à mesa de autoridades, de gente importante, e ainda dão palestras para falar sobre Sucesso porque colocaram a idéia brilhante que tiveram em prática. Ou seja, partiram para a AÇÃO!
E ACREDITE: ELAS NÃO TINHAM A MENOR NOÇÃO DE QUE ESTA IDÉIA IRIA DAR CERTO. APENAS ACREDITARAM E PARTIRAM PRA LUTA!
Normalmente, aquilo que pensamos ser idéias brilhantes não são tão brilhantes quando se passa à prática. Às vezes, as idéias mais simples, até demais para dar certo, se tornam brilhantes quando colocadas em prática. Isto é fato!
Então você pode perguntar: O que devo fazer então?
Simples: Coloque uma idéia (por mais singela que seja) em prática.
Das milhões de idéias que você tem na cabeça, escolha uma (em poucos segundos) e coloque-a no papel. Esse é o primeiro passo: Escrever sobre a idéia.
Depois, explique-a para si mesmo. Visualize a idéia sendo realidade e descreva o que vê, ouve e sente com relaçaõ a essa idéia na chamada “vida real”.
Por fim, vem a parte que realmente interessa: Colocar a mão na massa! Aliás, como diz Matheus Zeuch, um grande “vendedor de idéias” “colocar as mãos, os pés, a cabeça, o coração, os pulmões, rins, estômago, alma… Simplesmente baixar a cabeça para você mesmo e fazer. Tire a idéia do papel e faça acontecer de verdade”.
Matheus, que tem ajudado muitas pessoas pelo mundo afora com suas propostas de empreendedorismo, dá os seguintes conselhos:
“Não olhe para o lado; Não pense nas outras idéias; Não desfocalize; Não descanse. Não pare até que esteja 101% pronto. Mesmo que a idéia poderia melhorar. Não. Vá até o fim conforme você escreveu. Deixe as correções para o final. Tire uma semana inteira e um final de semana inteiro para terminar o projeto (se levar mais que isso seu projeto é complexo demais, escolha outro e deixe esse para depois). Mas nem pense em desistir”.
Quando você tem uma idéia e a põe em prática, é como se começasse a disputar um campeonato. Quando terminar o jogo, a corrida, a prova proposta, você não só terá um projeto completado como também uma experiência fortalecida. Projetos realizados e experiência, na verdade, é o que contam, e não as idéias.
“Ter idéias brilhantes é fácil. Difícil é saber que elas são brilhantes. Isso só se aprende com a experiência de colocar idéias em prática”, palavras de Zeuch.
Thomas Eddison já sabia disso há décadas atrás, quando disse “O gênio é 1% de inspiração e 99% de transpiração”. A Nike já sabia disso há décadas atrás, quando adotou o slogan “Just do it!” (Apenas faça!).
Se você é daqueles que passam os dias tendo idéias, pense nisso, ou melhor, não pense apenas... Faça!

Antonio Carlos